Vacina não é só “coisa de criança”!

COLUNISTAROBSON REIS

4/28/20252 min read

As vacinas, assim como diversas outras áreas da saúde, apresentaram uma evolução significativa nos últimos anos, trazendo para a população de uma forma geral mais oportunidades de proteção contra os diversos agentes infeciosos, principalmente vírus e bactérias, vacinas mais seguras, eficazes e com proteção mais duradoura.

É comum, durante as consultas médicas, ao interrogarmos nossos pacientes sobre vacinas, escutarmos a resposta: “ah, doutor, nisso aí estou em dia, já tomei todas as vacinas quando era criança, só não tenho mais esses cartões de vacina”.

Esse é o momento oportuno para que possamos colocar em prática não somente o diagnóstico e tratamento de enfermidades, mas trabalharmos com conceitos ainda mais importantes: a prevenção de doenças, promover saúde!

Ao longos dos anos, vacinas foram incorporadas ao PNI (programa nacional de imunização), a exemplo das vacinas contra meningite meningocócica C em 2010, mais recentemente contra meningites ACWY em 2020, varicela (catapora), em 2013, HPV em 2014, atualizações de vacinas contra pneumococo, bactéria causadora de quadros de meningite, pneumonia; novas vacinas foram desenvolvidas, a exemplo de vacinas contra o herpes zoster (cobreiro), VSR (vírus sincicial respiratório); e até mesmo vacinas que foram administradas na infância, porém precisam de reforço, exemplo da vacina contra o tétano, que necessita de uma dose reforço a cada 10 anos.

Aliado a isso, fatores como o envelhecimento da população, aumento do uso de novas medicações como imunossupressores, quimioterápicos e imunoterápicos tornam alguns pacientes mais suscetíveis a contrair determinadas infeções, bem como a possiblidade de desenvolverem quadros mais graves.

Importante sempre conversar com seu médico, com o profissional de saúde que o assiste, sobre vacinação!

No site do Ministério da Saúde, assim como no site da SBIM (Sociedade Brasileira de Imunização), tanto o público em geral, como os profissionais de saúde podem encontrar os diversos calendários de imunização: criança, adolescente, adultos, idosos, gestantes.

O ato de vacinar não protege somente o paciente vacinado, ajuda a proteger toda uma população, toda comunidade, sobretudo aquelas pessoas que estão mais próximas, que fazem parte do convívio diário.

E o princípio básico para isso é: se boa parte da população estiver vacinada contra determinado agente infecioso, menor a possiblidade desse agente infeccioso “circular” e encontrar pessoas suscetíveis / “vulneráveis”, dificultando dessa forma a propagação daquele agente infecioso e consequentemente de novos casos da doença!

Em relação a vacinação, um velho ditado popular aplica-se muito bem: “melhor prevenir do que remediar”!

Dr Robson Reis

Médico Infectologista

Professor da Escola Bahiana de Medicina