Quando o sorriso não vem só da boca, por Telmo Moraes Pedreira e Davi Rodrigues
Os desafios da odontologia nesse momento pós-pandemia onde a saúde mental fala bem alto
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7/20/20252 min read


No começo da pandemia, a gente só queria sobreviver. Depois, só queria álcool 70, máscara e Wi-Fi para ver séries e filmes. Agora muitos precisam de terapia e em alguns casos até de um suporte medicamentoso prescrito pelos médicos psiquiatras.
Com o fim das máscaras, vieram à tona não só os rostos, mas tudo o que ele traz: dentes e gengivas esquecidos e escondidos por meses, aparelhos guardados no fundo da gaveta, e um hálito, digamos, cheio de histórias.
A verdade é que o coronavírus bagunçou tudo: a rotina, o humor, o sono e até o sorriso. O estresse virou brinde do home office, e com ele, o bruxismo: aquele hábito parafuncional de apertamento dos dentes em estado de vigília ou enquanto a gente dorme.
Esse colunista que escreve aqui é um intrépido curioso, que tá sempre querendo estudar e aprender mais. Sendo assim convidei um colaborador médico para engrandecer nosso conteúdo sobre o tema. Falo do Dr. Davi Rodrigues, médico especializado em psiquiatria.
Conversamos e trocamos experiências e vivências de clínica e ele me trouxe impressões valiosas que posso dividir aqui:
“Pacientes com depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia ou TDAH frequentemente enfrentam dificuldades para manter uma rotina de autocuidado”.
“Pacientes com transtornos alimentares, como bulimia nervosa, podem sofrer erosão do esmalte dental devido ao contato repetido dos dentes com o ácido gástrico durante episódios de vômito autoinduzido”.
“Alguns psicofármacos, embora essenciais para o controle dos sintomas psiquiátricos, trazem efeitos adversos relevantes para a saúde bucal:
• Xerostomia (boca seca): causada por alguns tipos de antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor.
• Bruxismo: comum em casos de ansiedade generalizada ou mesmo com o uso de alguns tipos de antidepressivos.
• Alterações no paladar, hipersalivação e inflamações também podem surgir com alguns psicofármacos, embora sejam efeitos menos comuns”.
“A conexão entre boca e mente é real, concreta e merece atenção tanto dos profissionais de saúde quanto da população em geral. O desafio é romper com os paradigmas antigos e construir um modelo verdadeiramente integrativo, onde o sorriso e a mente caminhem juntos em direção ao bem-estar”.
E nesse link entre a odontologia e a psiquiatria, busco explanar a importância e a ligação íntima em toda nossa saúde.
O CROBA trazia uma frase contundente: “A saúde começa pela boca!”
E é verdade. Ela só precisa continuar existindo, pois o que é bom e salutar não pode terminar nunca.
Telmo Moraes Pedreira
CROBA 6670
*Davi Rodrigues
CRM-BA 35052
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