As pessoas autistas no dentista, por Telmo Moraes Pedreira

Olha, recentemente eu soube de um dado estatístico: O número de nascimentos de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) tem crescido exponencialmente. Os números são desafiadores. E esse aumento trouxe luz e atenção para esse nicho de pacientes. Os dentistas mais atentos e informados querem saber como se adequar a essa demanda. Trazendo para minha realidade do consultório me sinto obrigado e chamado a conhecer os anseios e dificuldades da sociedade na busca por um tratamento odontológico mais personalizado e especializado. Falando diretamente dessa neurodivergência, o TEA, hoje eu sei que por se tratar de um espectro (e como tal há uma variação imensa) a abordagem e manejo tornam-se ainda mais desafiadores. A falta de informação se torna sempre o maior entrave para a lida com esses pacientes. Nas famílias dos neuroatípicos a desinformação gera impotência e insegurança, enquanto na sociedade há um misto de estranheza e preconceito. Ao trazer aqui este artigo percebo que meu grande anseio ou sonho é que eu consiga através da minha escrita sensibilizar o leitor quanto a importância do conhecimento e da informação. Só o conhecimento pode mobilizar profissionais de saúde e a sociedade rumo a um cuidado digno e honroso. E a grande sacada é: Quem tem TEA pode nos ensinar muito! O ganho é mútuo, o sorriso pueril e saudável virá para todos os envolvidos. Telmo Moraes Pedreira, cirurgião dentista graduado na UFBA/2002 * A opinião dos nossos colunistas não reflete necessariamente a opinião do nosso portal.

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5/28/20251 min read