A odontologia contemporânea usufrui atualmente das benesses da alta tecnologia do século 21, por Telmo Moraes Pedreira

Há um limite entre o que é moderno na odontologia e o que já se torna prejudicialmente “modernoso”?

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11/2/20252 min read

Que a odontologia contemporânea usufrui atualmente das benesses da alta tecnologia do século 21 não tem como negar.
Percebemos nos últimos 20 anos uma evolução crescente em todos os setores e serviços que facilitam e resolvem as dificuldades do dia a dia do paciente que se expõe na cadeira do dentista.

A tecnologia da informação, o conhecimento ampliado numa perspectiva exponencial corroborado pelo crescimento das pesquisas científicas, a globalização que facilita a permuta de expertises e expõe mosaicos culturais, são alguns dos exemplos evidentes e eloquentes de que já estamos vivendo no futuro que já não se aproxima e sim, nos avizinha.

“O uso da tecnologia digital na odontologia tem se expandido rapidamente e 2025 será o ano em que ela atingirá novos patamares. Ferramentas como scanners intraorais, impressoras 3D e softwares de planejamento digital estão tornando os tratamentos mais precisos e rápidos”. Nos lembra a ABO de Campinas no seu site.

Numa reportagem do G1 uma informação animadora respalda o que argumentamos aqui: “Para os dentistas que trabalham na área de implantodontia, a cirurgia guiada favorece o processo de implantes. Antes da operação, um profissional credenciado faz o molde por meio de um software gerando dados que são encaminhados à empresa contratada pelo dentista, a qual confecciona o guia cirúrgico a ser utilizado. Durante a cirurgia, o guia é fixado à gengiva orientando pequenas perfurações e evitando maiores incisões nos locais indicados. Dessa maneira, a cirurgia é menos invasiva, reduzindo as feridas, dores e sangramentos de modo significativo, levando a uma recuperação mais rápida, com mais segurança e qualidade”.

São incontáveis as conquistas que facilitam e otimizam o manejo do odontólogo na atenção à saúde bucal dos seus pacientes: Captação de imagens digitais em tempo real, anestesias quase indolores, supressão do uso do “motorzinho” em algumas remoções de cáries sendo substituídos pelo uso do laser, uso do botox (toxina botulínica) para tratamentos de dores orofaciais, tratamentos de canal em sessão única com uso de scanners portáteis, entre muitas outras conquistas promissoras e que tornam a odontologia como um todo e principalmente a brasileira uma das mais valorizadas mundialmente.
E tudo que evolui traz consigo também alguns spams ou excessos.
Não seria diferente aqui, na nossa ciência.
Há uma profusão de “novidades” questionáveis na odontologia…
Nós sabemos, é uma tradição da nossa coluna trazer aqui “boas novas” da saúde bucal e por isso não vamos nos furtar ao outro lado da moeda.
Só deixaremos aqui um alerta: Não existe “odontologia biológica ou integrativa”, algo que tem surgido em profusão nas trends de algumas redes sociais.

Eles acreditam que dentes que foram submetidos ao tratamento de canal devem ser extraídos da cavidade oral, que implantes de titânio (referendados pelo cientista alemão Branemark, há mais de 50 anos) devem ser removidos e a super aversão às restaurações de amálgama antigas, (que quando bem adaptadas nos dentes devem ser mantidas apesar de hoje não serem mais executadas).

Enfim, em nome da nossa conduta de trazer informações positivas e edificantes vamos nos ater a tudo de grandioso que citamos dando um nexo animador ao que os tempos atuais podem valorizar a busca por uma odontologia favorável a manutenção da saúde, bem estar e confiança do paciente ao chegar ao consultório do seu cirurgião dentista.

Telmo Moraes Pedreira
CROBA 6670